Para o filósofo Jean Paul Sartre, questões de ética eram irrelevantes. Se determinada ação demandava algum componente ético, era na prática da escolha que isso ocorria, e não numa decisão moral subjacente. Esse ponto de vista atraiu uma atenção considerável. Foi então que o pensador assinou o Manifesto da Argélia, em protesto contra a persistente ocupação francesa naquele país. A realidade da vida colocou em xeque seus conceitos éticos.
Vejamos o que nos diz Francis Schaeffer sobre a atitude de Sartre:
“Sartre assumiu uma posição deliberadamente ética e declarou que a guerra era sórdida e injusta. Seu posicionamento político de esquerda é mais uma manifestação da mesma incoerência. No que diz respeito aos demais existencialistas de linha secularista, o apoio de Sartre ao Manifesto da Argélia fez dele um apostata, o que lhe custou a liderança do movimento de vanguarda”.
Deste modo, Schaeffer chama a atenção para o fato de que Sartre e outros niilistas “são incapazes de conviver com as conclusões do seu próprio sistema”. Para um maior entendimento da contradição niilista leia:
http://exateus.com/2015/09/05/a-inviabilidade-do-niilismo/
Referência
Apologética cristã no século XXI. Alister Mcgrath
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Filipe Ivo · 28/05/2016 às 13:44
O niilismo e a filosofia do homem moderno que estão abaixo da linha do desespero, na prática ou quando entram em contato com o mundo real são verdadeiras contradições. E são obrigados a admitir a existência de absolutos.