Bertrand Russel foi filósofo, matemático, lógico e ateu. Paradoxalmente, quando o assunto era ateísmo, o filósofo parecia o mais sem lógica dos homens.
Russel em um debate com o padre jesuíta Frederick Copleston sobre a existência de Deus, na parte sobre moralidade objetiva acabou se saindo muito mal. Coplestou lhe perguntou como diferenciava o bem e o mal, Russel respondeu: “ Não tenho nenhuma explicação além da que dou para distinguir entre azul e amarelo […] vejo que são cores diferentes.
– Bem, é uma explicação excelente, concordo – disse Copleston – O senhor distingue o azul do amarelo enxergando-os; então, distingue o bem do mal por meio de qual faculdade?
– Pelo que eu acho – foi a resposta de Russel.
Russel já tinha sido o autor de outras pérolas como dizer que Universo “simplesmente existe”, isso obviamente não é uma explicação científica como os ateus se propõem a dar.
O padre Copleston teve pena da fragilidade argumentativa de Russel. A pergunta que devia ter sido feita então era: “ Sr. Russel, em algumas culturas as pessoas amam o próximo; em outras, elas o devoram. O Senhor tem alguma preferência? Se sim, qual?”
Fazendo alguns apontamentos:
- Quando se afirma que existe algo chamado mal, é preciso inferir que existe algo chamado bem
- Quando se diz que existe algo que se chama bem, é necessário supor que existe uma lei moral por meio da qual se distingue entre bem e mal. Deve haver algum padrão pelo qual se determina o que é bom e o que é mau.
- Quando se supõe uma lei moral, é preciso pressupor um legislador moral – a origem da lei moral.
Esse legislador moral é exatamente aquele que os ateus procuram refutar.
Referência
A morte da razão. Uma resposta aos neoateus. Ravi Zacharias
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E Felipe Pondé voltou a ser ateu! | · 12/11/2016 às 18:03
[…] A fraqueza argumentativa do ateu filósofo Bertand Russel […]