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barco

Por José Domingos Martins da Trindade 

O grande Escritor Literato, Lingüista e Teólogo C S Lewis comparou a jornada humana há uma grande frota de navios que navega em formação. Trago dele o mesmo pensamento, pois existem duas maneiras pela qual a “máquina humana pode quebrar”, uma delas é se afastando um dos outros, ou colidindo uns com os outros; a outra maneira é quando as coisas vão mal dentro do próprio individuo, quando suas partes psíquicas conflitam uma com as outras.

A viagem da grande frota de navios só será bem sucedida se os navios não se chocarem entre si ou não entrarem um no caminho dos outros, também cada navio deve estar em boa condição de navegação. Aliás não dá pra ter uma coisa sem a outra. Pois se os motores estiverem com defeito será difícil evitar colisões.

Algumas coisas, entretanto,  podemos inferir nessa comparação: os navios devem chegar a algum destino e cumprir ordens.

Com essa comparação, podemos adentrar ao campo da moral, que engloba os três aspectos da metáfora supracitada: Agir com lealdade com os outros seres humanos, está organizado e harmonizado internamente, e descobrir  ou seguir o objetivo da vida humana na Terra, qual o destino da frota de navios.

A moral e o Direito, vivem uma relação de amor e indiferença. O grau máximo da indiferença chegou com o Positivismo Jurídico, onde influenciado por uma chamada neutralidade cientifica, abdicou do valor da Moral sobre o Direito. O resultado desta neutralidade foram os chamados Estados Totalitários e as barbaridades que cometeram.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, tenta evitar que todo o mal que o facismo e o nazismo cometeram, ocorra novamente, fazendo com que as Constituições Positivem esses Direitos como clausulas pétreas nos textos das Leis das mais variadas nações, nos chamados Direitos Fundamentais.

Em outra vertente, há uma própria evolução da noção de individualidade que exacerbou-se no período moderno. Estudos de Durkheim e Max Weber, mostraram como as civilizações da antiguidade pensavam coletivamente. Desta feita o pensamento científico, estigmatizado em Descartes, “penso, logo existo”, passando por Kant que colocou o individuo como um fim em si mesmo, vão contribuindo para a própria percepção do ser humano como individuo.

A Revolução Industrial exacerba a ganância do homem, e coloca em guerra as classes de pessoas.

O cenário pós-guerra, tem agora duas alternativas pra solução dos conflitos de identidade, legitimidade e igualdade dos sistemas políticos. O capitalismo busca na primazia do Direito, a propriedade Lockeana, e organizar a sociedade já o socialismo busca uma solução utópica da Igualdade entre os seres humanos.

O capitalismo está sempre entrando em crise, e o socialismo mostrou-se ineficaz para a resolução dos problemas da sociedade.

Diante do cenário de incertezas, e impotência, surge a pós-modernidade, com um pessimismo na humanidade. Freud, Marx e Darwin abalaram o Deísmo, restou ao ser humano se trancafiar cada vez mais dentro de si, sem objetivos de chegar a algum lugar.

O vazio existencial acaba sendo explorado pelos detentores do capital mundial, que se fortalecem a cada crise do sistema. Utilizam –se da mídia, de estudos de marketing, e fazem as pessoas consumirem cada vez mais e mais como um vício.

Concluo dizendo que o amor pela ciência trouxe o positivismo jurídico e a legitimação do totalitarismo, o método cartesiano foi um marco para o individualismo, o cientificismo de Teorias como a Psicanálise, a Teoria da Evolução e o Materialismo cientifico erigiu o “Deus acaso”, mesmo possuindo grandes falhas em suas argumentações. O capitalismo liberal vive das próprias crises que ele mesmo inventa.

O ser humano precisa entender que o seu barco recebeu uma ordem pra aportar num lugar seguro, que mesmo as embarcações estando em boas condições e o esforço para a não colisão exista, é preciso chegar a algum paraíso onde “emane leite e mel”

Termino com a seguinte frases do livro sagrado;   muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.


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