Muitos críticos da fé cristã acusam os cristãos de alicerçarem sua fé em argumentos ultrapassados ou pouco convincentes, como as Cinco Vias de Tomás de Aquino. Na verdade essa crítica é equivocada e decorre geralmente de uma leitura superficial de Tomás de Aquino. Os argumentos de Aquino são suporte, e não prova da fé. O fundamento último da fé encontra-se na auto-revelação em Cristo através da Escritura.

Os argumentos de Aquino são conhecidos como “prova da existência de Deus” mas esta não é a denominação apropriada. A proposta do autor não era provar a existência de Deus por meio de uma argumentação racional, e sim proporcionar uma defesa racional de uma fé já existente em Deus.

A razão principal para a crença na existência de Deus é baseada na revelação divina acerca de si mesmo. Aquino já esperava que seus leitores fossem cristãos e como isso não pensava em provar a fé em Deus a priori. Contudo, o teólogo cria que seria razoável identificar sinais que apontassem para a existência de Deus fora das Escrituras. Tais sinais são para reforçar uma fé já existente, e não para se criar uma fé.

Referência

Apologética cristã no século XXI. Alister McGrath


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