O Donatismo é uma heresia cristã que surgiu no século IV na região do norte da África, especialmente na atual Tunísia e Argélia. Essa corrente doutrinária foi liderada por Donato de Casae Nigrae, um bispo africano, e ganhou destaque durante o período em que o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano.
O Donatismo se baseava principalmente na crença de que os sacramentos, como o batismo e a ordenação, só eram válidos se administrados por clérigos moralmente puros. Eles acreditavam que qualquer clérigo que tivesse cometido apostasia durante a perseguição cristã sob o governo romano era incapaz de administrar sacramentos válidos. Portanto, o Donatismo defendia a re-batização daqueles que haviam sido batizados por clérigos “traidores”.
No entanto, o Donatismo foi considerado uma heresia pela Igreja Católica Romana e foi gradualmente suprimido e diminuiu em importância à medida que o Cristianismo se espalhava pelo Império Romano e adotava uma postura mais inclusiva. O movimento foi finalmente condenado como herético no Concílio de Cartago em 411 d.C.
Hoje em dia, o Donatismo não é uma corrente doutrinária significativa dentro do Cristianismo. Ele representa uma posição histórica e específica dentro do contexto da Igreja primitiva e da Igreja na África do Norte. Embora alguns elementos de suas crenças possam ser encontrados em outras correntes cristãs, como a ênfase na santidade e moralidade do clero, o Donatismo como movimento organizado não existe mais.
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