Este é um estudo- resumo que faço baseado na obra do escritor cristão Dr. Richard Booker que já escreveu 30 livros principalmente sobre judeus e cristãos e raízes bíblicas hebraicas do cristianismo. Booker com seu livro “Jesus nas festas de Israel”, lançado no inicio dos anos 80, tocou a vida de milhares de leitores mostrando como Jesus era retratado nas festas bíblicas do Senhor.
Faço uma ressalva que eu não sou judaizante, o autor referido também creio que não é, judaizantes são aqueles que defendem que o cristão tem cumprir as práticas da Lei de Israel, mas o intuito desse estudo é mostrar que Jesus é a chave hermenêutica de toda a Bíblia, inclusive daqueles livros que muitas vezes achamos chatos, como Levítico e Números. Encontrando o Messias Jesus neles, tudo fica muito melhor e prazeroso.
Trazendo para a mídia atual, também indico os vídeos-estudos do irmão Davi do Canal Reino Eterno no Youtube, foi lá que fui despertado para compreender melhor a Bíblia pelas festas judaicas, o irmão Davi já leva todo esse conhecimento para entendermos melhor a Escatologia, ou seja, as coisas do fim! Recomendo! Então vamos lá ao nosso estudo:
As Festas do Senhor são celebrações especiais que começam e retratam principalmente a retirada do povo Hebreu do Egito. Elas são coloadas principalmente no livro de Levítico:
“Diga o seguinte aos israelitas: Estas são as minhas festas, as festas fixas do Senhor, que vocês proclamarão como reuniões sagradas… estas são festas fixas do Senhor, as reuniões sagradas que vocês proclamarão no tempo devido” (Lv 3:2,4)
Todas essas festas eram uma espécie de encenação, ou ensaio geral que tinham como propósito revelar o Messias, no caso Jesus Cristo, pena que os judeus até hoje ainda não perceberam que Jesus é esse Messias retratado nas suas festas.
Os três principais períodos de festas são: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, eles representam os três grandes encontros de Deus com o seu povo. A festa da Páscoa continha uma subdivisão: A Páscoa propriamente dita, Paes Ázimos e Festa das Primícias. Pentecostes era uma festa só e Tabernáculos também era subdividida em Festas das trombetas, Dia da expiação e Tabernáculo propriamente dito.
No total temos 7 festas que caracterizam também nossa caminhada cristã até entrarmos no descanso prometido por Deus. Relacionando com a Escatologia temos que Jesus cumpriu os dois primeiros períodos de festas (Páscoa e o Pentecostes) em sua primeira vinda, mas cumprirá o terceiro período de festas (Tabernáculo) em sua segunda vinda.
O Calendário Judeu
A páscoa era a primeira festa celebrada e representava o primeiro encontro com Deus na vida do povo judeu. A páscoa é celebrada no primeiro mês do calendário judaico Nissan (março e abril do nosso) onde estava se realizando a colheita de cevada. A páscoa representa o novo nascimento cristão de uma pessoa, trazendo perdão dos pecados e reconciliação com Deus criador.
A festa de Pentecostes era celebrada no mês de Sivan (maio/junho) representando o segundo maior encontro com o Pai que nos manda seu poder para sermos suas testemunhas.
A Festa dos Tabernáculos era celebrada durante o mês de Tishrei (setembro/outubro) representando o encontro final com Deus, o lugar de descanso divino para a nossa alma.
A Páscoa – 1º Passo para conhecermos e andarmos com Deus
Durante centenas de anos, o povo hebreu celebrou a Páscoa matando um cordeiro e oferecendo-o como sacrifício a Deus. Todo ano tinha que se repetir o ritual pois o sangue do animal só podia cobrir os pecados e não eliminá-los. Deus enviou profetas para ensinar o povo que um dia um “cordeiro humano” viria para fazer um sacrifício único para a extirpar de vez o pecado e a morte.
Jesus cumpre a profecia da páscoa em sua crucificação. A vida inteira de Jesus estava destinada a cumprir o Seu propósito de sacrifício pela humanidade.
Deus havia instruído os judeus a separarem seus cordeiros no décimo dia do mês de Nissan. Foi no décimo dia do mês de Nissan que Jesus entrou em Jerusalém para ser separado como um cordeiro sem mácula em forma humana. Jesus estava cumprindo em si mesmo a realidade máxima da Festa da Páscoa.
Na mesma hora em que os judeus estavam preparando seus cordeiros para o sacrifício, Jesus foi cravado na cruz. Eram nova horas da manhã quando o crucificaram, escreve Marcos(15:25).
Jesus entregou todo o Seu ser para ser queimado e consumido no fogo do julgamento de Deus ao morrer por nós pecadores.
Deus ofereceu o sangue de Jesus como sacrifício de sangue da aliança pascal. Ao recebermos Jesus como nosso cordeiro Pascal, Deus entra em nossa vida. Passamos das trevas para a luz, do natural para o espiritual, do pecado para a justiça, da derrota para a vitória, da morte para a vida.
Aceitar Jesus como Senhor e Salvador das nossas vidas é o primeiro grande encontro que temos com Deus. É isso que a festa da páscoa simboliza, é o primeiro passo para andarmos e conhecermos a Deus.
PÃES ÁZIMOS – 2º PASSO
A Festa dos Pães Ázimos era celebrada no dia seguinte à Páscoa e ia do décimo quinto até o vigésimo primeiro dia do mês judaico de Nissan.
Quando os judeus saíram do Egito tiveram que fazer isso tão apressadamente que não tiveram tempo de assar seus pães, o que normalmente incluía fermento. O fermento virou símbolo da vida de escravidão dos hebreus no Egito e do pecado do Ser humano. Os Paes azimos representavam a libertação da velha vida à medida que saíam do Egito.
Jesus cumpriu a festa dos Pães Azimos sendo o Pão da Vida que veio do Céu sem pecado.
Paulo escreveu em 2 Co 5:21 que “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”.
Jesus disse: “Não foi Moisés quem lhes deu o pão do Céu,, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo. (Jo 6:32-35).
Com Cristo o poder do pecado sobre nós é quebrado. Deus propiciou a Festa dos Pães Ázimos como recurso visual para mostrar para os Hebreus que eles deveriam ficar longe do Egito. Egito representa o sistema mundial em que vivemos, pois sua filosofia e política são contrários à Palavra de Deus.
A Festa dos pães Ázimos e das Primícias representam a Obra de Deus em nós pelo Espirito Santo que nos capacita a vivermos uma vida separada.
A Festa dos pães Ázimos representa nosso segundo passo em nossa caminhada com Deus.
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