Os olhos empregam diversos sistemas para formar imagens. Nos humanos, existe uma lente na frente do olho para focalizar a luz que chega sobre a retina sensível à luz do fundo, construindo uma imagem perfeita. Nos argonautas não existe lente, há apenas um buraquinho que ajuda a encontrar a luz em várias partes da retina. Os insetos utilizam “tubos” chamados omatídeos que apontam em direções diferentes até formarem um quadro. As libélulas chegam a possuir 28.000 omatídeos em seus olhos protuberantes. Um pequeno caranguejo possui um sistema ocular que forma uma imagem parecida como um sistema de televisão faz, por escaneamento rápido.
Todos esses intricados arranjos, com partes interdependentes, confrontam a idéia de que os diferentes tipos de olhos são formados por pequenas alterações graduais. Grande parte dos evolucionistas reconhecem as diferenças básicas e aceitam que o olho evoluiu independentemente para cada sistema. No entanto, outros evolucionistas como Dawkins e Futuyama usam o argumento de que como os olhos desde o mais simples ao mais complexo são funcionais, devem ter um valor de sobrevivência. Este argumento deixa de lado a questão da complexidade irredutível, ou seja, sistemas incompletos não funcionam enquanto não estiverem presentes todas as partes necessárias.
A capacidade do olho de distinguir cores, não seria útil sem um cérebro capaz de interpretar as diferentes cores. O grau de complexidade dos olhos nos animais não segue um padrão evolutivo, a minhoca marinha tem um olho bastante avançado, e o molusco argonauta já citado possui um olho muito simples. Os olhos das Lulas são semelhantes ao dos humanos. Os olhos dos trilobitos são bastante sofisticados e eles não parecem ter nenhum tipo de ancestral evolutivo.
O artigo de Nilson e Pelger publicado na Sociedade Real
Dois pesquisadores Dan – E Nilson e Susanne Pelger da Universidade de Lund na Suécia chegaram a surpreendente conclusão de que o olho poderia ter evoluído em apenas 1829 passos, e que teria levado menos de 364 mil anos para que um olho com um pequeno orifício evoluísse de um ponto sensível à luz, segundo esses cálculos há tempo suficiente para que os olhos evoluíssem mais de 1500 vezes desde a era cambriana.
Dawkins como sempre publicou uma resenha favorável na revista “Nature”, dizendo que os resultados de Nilson e Pelger eram rápidos e decisivos. O enigma da evolução do olho é o chamado “calafrio de Darwin”,essa pesquisa deu um pouco de animo aos evolucionistas, um deles até comentou que o olho se tornou a melhor prova da evolução.
O problema é que esse modelo ignora todos os sistemas complexos dos olhos como já foi mostrado, e não considera todos os dados disponíveis. Estudos como o de Nilson e Pelger acabam abalando a teoria da evolução e a ciência como um todo. Sir Isaac Newton que foi presidente da Sociedade Real por mais de vinte anos, e que foi tão exigente e metódico em seu trabalho, provavelmente não aprovaria um artigo como esse publicado na revista de sua estimada Sociedade Real.
Referência
A ciência descobre Deus. Ariel A. Roth
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