por Jarbas Aragão / GospelPrime
A passagem do pastor Ezequiel Teixeira (PMB) pela secretaria estadual de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro poderá custar muito caro a ele. Depois de pouco mais de dois meses no cargo ele foi demitido pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
A justificativa é que ele deu uma entrevista ao jornal O Globo onde afirma acreditar na “cura gay”.
Nesta sexta (19), cerca de 48 horas depois de perder o cargo, a Defensoria Pública do Estado do Rio entrou com uma ação de reparação de danos morais coletivos contra o ex-secretário. O processo pede que Ezequiel pague uma indenização no valor de R$ 1 milhão.
O montante teria de ser usado em “ações de promoção dos direitos da população LGBT” feitas pela secretaria que ele dirigia, segundo o jornal O Dia.
Em nota distribuída à imprensa, a Defensoria classifica a entrevista dada pelo pastor como uma “humilhação pública” da comunidade LGBT. No processo, pede ainda que o ex-secretário arque com os custos de publicação, em um veículo de grande circulação, de um texto de autoria da própria Defensoria sobre os direitos da população LGBT. Caso não cumpra essa decisão, deverá pagar uma multa diária de R$ 10 mil.
O pastor afirmou aos jornais que vai aguardar a notificação formal da justiça para se manifestar.
Contudo, em sua página do Facebook escreveu: “A perseguição contra a Igreja e os evangélicos não chega ao fim no Rio de Janeiro. Agora, a Defensoria Pública no estado me processa e pede indenização de R$ 1 milhão. A rápida atuação do órgão estadual é consequência da perseguição religiosa. Quem nunca precisou do rápido empenho da Defensoria e ficou meses aguardando? Quantas pessoas morrem nas filas dos hospitais e a Defensoria nada faz? Confio no Poder Judiciário e, principalmente na justiça divina. Deus abençoe a nossa Nação!”.
Entenda o caso
Ezequiel Teixeira, um dos fundadores da Igreja Projeto Vida Nova, foi eleito deputado federal em 2014 pelo Solidariedade. Na época da eleição seu partido estava na coligação com o PMDB, que elegeu Luiz Fernando Pezão como governador. O então Pezão foi apoiado por vários líderes evangélicos,incluindo Silas Malafaia.
Em dezembro de 2015 se afastou do cargo para assumir a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
Ao sair da Câmara dos Deputados, Teixeira foi substituído por Átila Alexandre (PMDB), aliado de Leonardo Picciani. Isso beneficiou diretamente a presidente Dilma, pois Picciani é governista e inimigo de Eduardo Cunha.
Ele foi reeleito esta semana numa manobra da presidente, que incluiu dois secretários do governo do Rio de Janeiro sendo exonerados para reocupar seus cargos como deputados apenas para votar em Picciani.
O pastor-secretário entra em guerra declarada contra os defensores dos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Decide pelo fechamento de quatro centros de assistência a esse público. Extingue o “Disque Cidadania LGBT”, serviço telefônico que dava orientações e recebia denúncias contra a violação dos direitos de homossexuais.
O jornal O Globo publica uma entrevista com Ezequiel Teixeira na quarta (17/02), onde ele afirma: “Poxa, o senhor crê na cura? Eu creio, plenamente. Eu não creio só na cura gay, não. Creio na cura do câncer, na cura da Aids… Sabe por quê? Porque eu sou fruto de um milagre de Deus também… creio que todo mundo pode receber uma transformação, uma mudança”.
No mesmo dia, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou as declarações de Ezequiel e pediu sua exoneração.
O governador Pezão exonera Ezequiel Teixeira na quarta, alegando não concordar com suas declarações. Na sexta, a Defensoria Pública do Estado do Rio entra com uma ação de reparação de danos morais coletivos contra o ex-secretário.
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