O Doomsday Clock ou Relógio do Juízo Final, em tradução livre, foi criado em 1947, quando o mundo vivia a Guerra Fria e o temor de novos ataques nucleares como os que puseram fim à 2ª Guerra Mundial dois anos antes. Um grupo de cientistas da Universidade de Chicago, Estados Unidos, calculava então que o mundo estaria, em contagem simbólica, a sete minutos para a meia-noite, a hora final da humanidade.
Desde então, os ponteiros desse relógio foram movidos para a frente e para trás, dependendo das políticas adotadas pelos líderes mundiais e a relevância de acontecimentos de escala global.
Anunciado anualmente pelo Bulletin of the Atomic Scientists, o relógio em 2017 está marcando dois minutos e meio para a meia-noite. Ele não estava tão próximo assim desde 1984. Durante o anúncio, parte da culpa dessa mudança foi colocada sobre Donald Trump que, segundo o comunicado, fez “irrefletidos comentários sobre o arsenal nuclear dos Estados Unidos”.
Nos últimos dois anos, o relógio manteve-se parado nos três minutos para a meia-noite. Os especialistas que estabelecem a contagem alertavam apenas que a “probabilidade de uma catástrofe global era muito alta e que era necessário tomar decisões para reduzir os riscos de um desastre”. Neste ano, o Bulletin insiste que “o risco ainda é maior e a necessidade de agir mais urgente”.
Para os especialistas, também fizeram o relógio andar os programas de modernização do armamento nuclear de Coreia do Norte, Índia, Paquistão e Rússia. Curiosamente, o relatório não faz menção aos projetos do Irã, que recentemente comprou urânio suficiente para produzir 10 bombas nucleares.
Em 1991, quando EUA e URSS assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, foi o mais distante que o relógio esteve da meia-noite. Com informações de The Washington Post
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