vinho especial para oferta no terceiro templo esta pronto

Semana passada, 30 garrafas de vinho foram entregues ao novo Sinédrio de Israel, sendo aprovadas para a utilização no serviço do Templo. Segundo o site Breaking Israel News, a produção da bebida segue uma antiga tradição e é feita a partir de uma vinha que segue obrigações rituais.

Embora seja proibido aos sacerdotes beberem vinho no Templo, uma libação com a bebida deve ser oferecida no ritual todas as manhãs como parte do culto. Um quarto de hin – pouco mais de um litro – precisava ser derramado sobre o altar, ensina Números 15:5.

As uvas são uma das sete espécies de plantas onde Israel é especialmente abençoado, ensina o texto de Deuteronômio 8: 8. O rabino Hillel Weiss, porta-voz do Sinédrio, explica ser necessário que o vinho que será utilizado no Terceiro Templo precisa ser kosher, purificado por um sacerdote.

O retorno dessas uvas a Israel, após terem sido banidas durante os anos de dominação islâmica, quando o álcool foi proibido, é profetizado por Miquéias 4:4 como prenúncio da vinda do Messias.

Os requisitos para um vinho ser considerado kosher são mais rigorosos do que para outros alimentos. Todo o processo, desde o esmagamento das uvas até o engarrafamento, deve ser realizado inteiramente por judeus que guardem o sábado.

A indústria do vinho em Israel é grande, com centenas de vinícolas produzindo mais de dez milhões de garrafas por ano. Mas não havia nenhum até agora que seguisse as exigências para o uso no Templo, ressalta Weiss.

O vinho se junta ao azeite como elementos rituais básicos para a retomada dos cultos segundo as determinações bíblicas. O Instituto do Templo já reproduziu todas as peças do interior e tem cuidado para que tudo, inclusive os animais a serem sacrificados sigam estritamente a Lei da Torá – 5 primeiros livros da Bíblia.

Produção ritual

Primeiramente, foi preciso encontrar um vinhedo adequado. Normalmente, as videiras são cultivadas acima do solo, em ramos suspensos. As uvas para fabricar o vinho do Templo deveriam ser cultivadas diretamente no chão, um método não usado hoje em dia.

A técnica é utilizada somente na vinha pertencente a uma escola secundária em Yatir, ao sul de Hebron. Moshe Hagger, o diretor da escola, trabalhou profissionalmente em uma adega antes de entrar no ramo da educação e mantém uma vinha para fins educacionais.

“Toda a produção da vinha é orgânica”, explicou Hagger. “Não são usadas máquinas quando colhemos as uvas ou fazemos o vinho. São os alunos que pisoteiam as uvas. Não adicionamos nenhum outros elemento ou produtos químicos no processo. A fermentação é causada pela levedura natural na pele das uvas”, explica. Mas ele deixa claro que o objetivo era mostrar aos seus alunos como era a produção tradicional e nunca imaginou que seu vinho poderia ser usado no Templo.

Judeu praticante, ele ressalta que segue a Torá e por isso durante o ano sabático, não há produção em suas terras. Esse é um hábito extremamente raro no Israel moderno. Sua pequena vinha produziu ano passado 60 garrafas. Metade delas foram adquiridas pelo rabino Weiss para o Sinédrio.

O líder religioso diz que ficou espantado com a qualidade do vinho. “Eu esperava que o vinho fosse excepcional. Vinho não é apenas parte essencial do serviço do Templo, mas o antigo Israel era conhecido por produzir o melhor vinho do mundo”, comemora Weiss.

Na semana passada, uma cerimônia especial chamada “terumá e maaser”, foi realizada nas colinas de Jerusalém. Acompanhada por rabinos milhares de litros de vinho de qualidade foram ofertados como dízimo. Quando o Templo for reconstruído, justificam, todos os dízimos de origem agrícola guardados, serão levados ao Templo.

Por Jarbas Aragão – Gospel Prime

 


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