O primeiro entendimento dos Relatórios  dessa Comissão é a rejeição da ideia de uma raiz cristã dos direitos humanos. Essa base cristã é substituída por uma espécie de “ religião dos direitos humanos” de matriz iluminista européia que se contrapõe às religiões tradicionais.

Essa Comissão tenta dissuadir os meios de comunicação para criarem imagens estereotipadas que mostrem as religiões tradicionais como um “inimigo” do multiculturalismo. Em seus documentos a Comissão visa o principio da Laicidade, no entanto permitindo o ensino religioso nas escolas, desde que esse ensino preste uma atenção congruente à concepções de vida não religiosas.

Os seus textos deixam claro que não ter religião é preferível porque é potencialmente mais pacífico.  A Comissão considera a religião altamente portadora de extremismo frente aos direitos humanos, que são intrinsecamente bons.

A Comissão apesar de pregar a liberdade religiosa, não demonstra nenhuma vontade de defender os cristãos das perseguições. Na Resolução de 2003 foram feitos apelos ao governo chinês para que parassem as ações judiciais e difamações contra a Falung Gong e seus seguidores, condenou o governo vietinamita que acabou com a Igreja Budista Unificada, mas nunca mencionou os cristãos que ambos os países massacraram duramente.

A Comissão censura os países muçulmanos pela política de opressão às mulheres, e pelas leis discriminatórias contra a “opção sexual”, mas não repreende esses países pelo fato dos cristãos não poderem construir igrejas e a conversão ao cristianismo ser proibida nesses lugares.

Em suma, nos textos da Comissão, fica claro que o verdadeiro perigo são as religiões, e a primeira liberdade a se defender é o direito de não seguir nenhuma religião ou de abandoná-las. Nos relatórios não é citado o fundamentalismo islâmico, e igualam-se todas as religiões como opressoras dos direitos femininos.

Referência

Contra o Cristianismo. A ONU e a União Europeia como nova ideologia. Eugenia Roccella e Luccetta Scaraffia


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