Um infinito real é um conjunto completo, com um número infinito de membros, que não aumenta nem diminui esse número de membros com o passar do tempo.

Uma seqüência temporal  de eventos sem início seria um infinito real. Se alguém afirma que o Universo não teve um começo, está afirmando igualmente que houve um número infinito real de eventos pretéritos na história do Universo.

A existência de um infinito real no mundo real geraria conseqüências irracionais, que logicamente são falsas.

Exemplos de paradoxos que um infinito real criaria

William Lane Craig oferece-nos um exemplo: “Imagine uma biblioteca com um número realmente infinito de livros. Suponha mais adiante que há um número infinito de livros vermelhos e um número infinito de livros pretos na biblioteca. Faria mesmo sentido dizer que há tantos livros pretos na biblioteca quanto há de livros vermelhos e pretos juntos? Seguramente não. Além disso eu poderia retirar todos os livros pretos e não haveria mudanças nas propriedades totais da biblioteca. Vamos também supor que cada livro tenha um número infinito real de páginas. O primeiro livro teria tantas páginas quanto as que existem na coleção inteira, infinita. (Craig, Philosophical and Scientific Pointers, pp.6-7).

Boaventura, também nos dá um bom exemplo: “vamos supor que o passado seja um número infinito real de eventos. Agora, para cada revolução anual do sol, há doze revoluções da lua durante o mesmo período. Independentemente de quanto alguém caminha para trás no tempo, o número de revoluções lunares sempre será doze vezes aquela do Sol.  No entanto, se tais revoluções tivessem percorrido seu curso em um número infinito real, então isso resultaria num paradoxo. O numero de revoluções lunares seria igual ao número de revoluções solares. Porém, tal conclusão parece ser absurda. Como isso poderia acontecer se as revoluções lunares ocorrem com freqüência doze vezes maior do que as revoluções solares? Alguma coisa saiu errada aqui. Trata-se da admissão de um infinito real no mundo real”. (Bonansea, Impossibility of creation from Eternity, p. 122).

Uma seqüência causal precisa de um primeiro membro e um numero determinado de membros seqüencialmente, eventos ocorrendo infinitamente, não teria um primeiro membro, nem um numero definido de membros, dessa maneira, o presente nunca seria possível, pois, para se chegar ao momento presente, o infinito real precisaria ser percorrido.

Uma série de eventos sem começo é um infinito real, portanto, uma série de eventos sem início é impossível. A conseqüência disso tudo é que Teorias de Multversos infinitos que tentam  refutar o bigbang e um possível Criador do Universo são teorias sem fundamento.

Referência

Racionalidade da Fé Cristã. J.P Moreland

mais aqui:

http://exateus.com/2015/08/28/a-segunda-lei-da-termodinamica-e-o-comeco-do-universo/


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