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Bolsonaro precisa dos pastores para se eleger, mas dá preferência a um opositor dos evangélicos

Julio Severo

O candidato Jair Bolsonaro, que está namorando o voto dos pastores, não faz por merecer. Sempre que pode, ele faz questão de bajular, em primeira fila, um dos maiores difamadores de evangélicos. Horas atrás, num tuíte Bolsonaro disse:

“Canais do youtube como os de @OdeCarvalho , @padre_paulo @moura_101 , @bernardopkuster , @tradutores e tantos outros são ótimas fontes de informação que contrapõem muitos pontos omitidos pela maior parte da grande mídia! Boa noite a todos!”

Minha resposta pública para ele foi (Resposta de Júlio Severo):

Nos EUA, reconhecidamenteTrump foi eleito com apoio majoritário dos evangélicos. Mesmo no Brasil, são os evangélicos que podem eleger você, mas você está sempre prestando tributo máximo ao astrólogo Olavo, que difama e ataca os evangélicos e apoia a Inquisição.

Por que mencionar o astrólogo, não Silas Malafaia? Você está sempre se lembrando do astrólogo, e nunca dos evangélicos. Você é muitíssimo diferente do Trump, que não ficou bajulando nenhum astrólogo para se eleger.

Trump foi inteligente — durante toda sua campanha ele deu honra a quem deu honra a ele: OS EVANGÉLICOS. Você é totalmente diferente do Trump.

Se durante sua campanha eleitoral Trump também tivesse dado preferência a um astrólogo que xinga os evangélicos e apoia a Inquisição, é certo que o enorme eleitorado evangélico americano ficaria com um pé e voto atrás com ele. Mas os fatos são claros: Trump não deu nenhuma preferência a nenhum astrólogo. Ele deu preferência aos evangélicos.

Não só Bolsonaro é diferente de Trump, mas se os evangélicos brasileiros apoiarem Bolsonaro, apesar de sua insistência em colocar os evangélicos em segundo ou até terceiro plano, vão demonstrar com isso que são diferentes dos evangélicos conservadores americanos, que deram preferência a Trump enquanto Trump lhes deu preferência.

Nos EUA, o resultado desse apoio foi óbvio: Trump foi comprovadamente eleito pelos evangélicos americanos.

Bolsonaro quer dar preferência ao astrólogo & Cia? É direito dele agir diferente de Trump.

É direito também dos evangélicos brasileiros agirem como os eleitores evangélicos de Trump ou agirem como “evanjegues” — termo que o astrólogo palpiteiro aplica aos evangélicos que não seguem sua suprema “sabedoria” esotérica. De fato, só evanjegues apoiariam um candidato que bajula um defensor da Inquisição que xinga os evangélicos.

Se hoje um candidato coloca um astrólogo na frente dos evangélicos, depois de eleito com certeza ele fará muito mais.

Fonte: http://www.juliosevero.com


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