– Quem está ai? – perguntou um homem que veio à porta. Estendi minha mão e disse:
– Bom dia! Meu nome é Norm Geisler. Este é meu colega Ron. Somo de uma igreja que fica aqui perto.
– Meu nome é Don – respondeu o homem, nos olhando rapidamente.
– Don, você se incomoda se lhe fizermos uma pergunta de cunho espiritual?
– Não, pode fazer – disse Don corajosamente, como se estivesse ansioso para ter um pregador do evangelho como petisco.
– Ok, Don, se você morresse hoje e se apresentasse diante de Deus e ele lhe perguntasse: “Por que eu deveria deixar você entrar no meu céu?”, o que você responderia?
– Eu diria a Deus: “ Por que você não me deixaria entrar no seu céu?” – retrucou Don.
Depois de um segundo de pânico, fiz uma breve oração e respondi:
– Don, se eu batesse na sua porta buscando entrar na sua casa e você dissesse: “ Por que eu deixaria vocês adentrarem em minha casa?”, e nós respondêssemos: “Por que você não nos deixaria entrar?”, o que você diria?
Don apontou o dedo para o meu peito e disse de maneira ríspida:
– Eu lhe diria para onde você deveria ir!
Respondi imediatamente:
– É exatamente isso o que Deus vai dizer a você!
Don, se mostrou reflexivo, e então disse:
– Para falar a verdade, não acredito em Deus. Sou ateu.
– Você é ateu?
– Isso mesmo!
– Bem, você tem certeza de que Deus não existe? – perguntei. Ele pensou por um instante e disse:
– Bom, não, não estou absolutamente certo. Acho que é possível que Deus exista.
– Então, você não é verdadeiramente ateu: Você é um agnóstico – disse eu -, pois um ateu diz: “Eu sei que Deus não existe”, e o agnóstico diz: “Eu não sei se Deus existe”.
– É… está certo, então acho que sou agnóstico – respondeu ele.
Agora houve um progresso. Com apenas uma pergunta saímos do ateísmo para o agnosticismo! Mas eu precisava descobrir que tipo de agnóstico era Don. Então, prossegui:
– Don, que tipo de agnóstico é você?
Ele sorriu e respondeu:
– O que você quer dizer com isso?
– Bom, existem dois tipos de agnósticos – expliquei. – Existe o agnóstico comum que diz que não se sabe nada com certeza, e existe o agnóstico decidido que diz que não se pode saber nada com certeza.
– Eu sou do tipo decidido. Não se pode saber nada com certeza.
Percebendo a natureza de sua afirmação falsa em si mesma, então perguntei:
– Don, se você diz que não é possível saber nada com certeza, então como você pode saber isso com certeza?
– O que você quer dizer como isso?
Então eu disse:
– Como você sabe com certeza que não se pode saber nenhuma coisa com certeza?
Ele afrouxou um pouco e disse:
– Tudo bem, acho que realmente é possível saber algumas coisas com certeza. Devo ser um agnóstico comum.
Mais progresso: Com poucas perguntas, Don saiu do ateísmo, passou para o agnosticismo decidido e depois para o agnosticismo comum. Continuei:
– Uma vez que você admite que pode saber alguma coisa, por que não reconhece que Deus existe?
– Porque ninguém me mostrou provas, eu acho.
-Você gostaria de ver algumas provas?
– Certamente – respondeu ele.
Este é o melhor tipo de pessoa com o qual se conversar: alguém que está disposto a olhar realmente para as provas. As provas não podem convencer quem não está disposto.
Então demos a Don um livro de Frank Morison intitulado Quem tirou a pedra? Morison foi um cético que se dispusera a escrever um livro refutando o cristianismo mas que, em vez disso, ficou convencido pelas provas de que o cristianismo era realmente verdadeiro.
Visitamos Don algum tempo depois. Ele descreveu a prova apresentada por Morison com “bastante convincente”. Alguns meses depois, no meio de um estudo do evangelho de João, Don aceitou Jesus como Senhor e Salvador da sua vida.
Hoje, Don é diácono de uma igreja de uma cidade próxima a St. Louis. Há vários anos, todos os domingos pela manhã, ele dirige o ônibus da igreja que passa pela vizinhança local para pegar crianças cujos pais não vão à Igreja.
Dialogo extraído do Livro Não Tenho fé suficiente para se ateu. Norman Geisler & Frank Turek.
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