A meditação, muitas vezes vista como uma prática oriental, tem ganhado espaço entre os cristãos pela sua capacidade de acalmar a mente e trazer o foco para o presente. Mas, será que essa prática pode ser considerada uma forma de oração para o futuro, ou ela representa uma perda da fé tradicional que nos foi entregue pelos nossos antepassados?

No video de hoje vamos explorar a relação entre Oração e Meditação. Afinal o cristão pode fazer Meditação? A Meditação não é cristã? Fique até o final que vamos tirar todas as dúvidas que envolvem essas duas práticas.

Ao nosso ver, o Ocidente tem que aprender a meditar e o Oriente tem que aprender a orar. É como a integração entre os dois hemisférios cerebrais que são o Esquerdo da Racionalidade e o Direito da Criatividade.

Na nosssa Teologia da Cocriação, o Oriente ficou responsável em aprender e ensinar a Cocriação individual cuja a principal ferramenta é a Meditação e o Ocidente ficou responsável pela comunicação e relacionamento da criatura com o Criador através a Oração.

Se você não conhece a nossa Teoria da Cocriação assista os vídeos anteirores.

Teologicamente e Historicamente podemos dizer que essa Teoria se fundamenta na passagem em que o Espírito Santo Orienta o Apóstolo Paulo ir para a Mecedônia e assim ele levou a Palavra do Evangelho para o Ocidente. O Oriente então ficou desenvolvendo as práticas da Meditação. Como na neurociência dos Hemisférios Cerebrais, os dois lados têm que se integrarem para um desenvolvimento pleno do índividuo.

Portanto, a Meditação ensina a criatura a Cocriar e a Oração ensina o filho a buscar o Pai. A Meditaçãotambém ajuda no fortalecimento da fé, ou seja, na própria eficácia da Oração.

A Bíblia nos ensina que a oração é a chave para a comunhão com Deus. É através dela que expressamos nossos desejos mais profundos, nossas preocupações e gratidão, e é também como recebemos direção e conforto do Pai. “E tudo o que pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22). A oração é um diálogo com Deus, uma conversa sincera onde o coração se abre para a ação do Espírito Santo.

O Cristão muitas vezes não sabe orar, por isso muitas vezes  ouvimos o termo “oração eficaz  que é um ensinamento ou uma teoria da Oração Atendida, ou seja da oração que Deus responde. Geralmente essa eficácia é muito vista na meditaçao onde o praticante é ensinado a visualizar seus propósitos e agradecer como se já tivesse conseguido.

Na verdade, quando se pratica a visualização e a gratidão, mesmo sem ter a benção recebida, está se praticando a fé e sem fé é impossível agradar a Deus. A Bíblia também fala na insistência da oração como vimos na passagem do Juiz iniquo em que uma mulher teve sua causa atendida por tanto insistir. A Meditação também utiliza a técnica das afirmações positivas em que pensamentos em frases positivas são repetidas diariamente para que nesse processo de repetição o subconsciente seje acessado para a reprogramação de crenças negativas. Pedi, pedi e recebereis também disse Jesus.

Para muitos cristãos, a meditação pode parecer uma prática incompatível com sua fé. No entanto, diversos líderes religiosos e estudiosos da Bíblia defendem a meditação como um complemento enriquecedor à vida espiritual. Argumentam que o silêncio e a contemplação são ferramentas valiosas para aprofundar a fé, fortalecer a conexão com Deus e alcançar um estado de profunda comunhão com o divino.

Embora muitas vezes vistas como práticas distintas, a meditação e a oração compartilham raízes profundas e objetivos similares. Ambas nos convidam a silenciar a mente agitada, aquietarmos no presente, conectarmos com a nossa essência e acessar um estado de profunda paz e clareza.

Na meditação, a atenção se volta para dentro, buscando observar os pensamentos, sentimentos e sensações sem julgamentos. Através dessa prática, cultivamos a autoconsciência, a compaixão e a capacidade de gerenciar o estresse e a ansiedade. A meditação também nos conecta com o poder da visualização, permitindo-nos projetarmos o futuro que desejamos criar e manifestarmos nossos sonhos.

Na oração, direcionamos nossa atenção para uma força superior, seja Deus. Através da comunicação com o divino, expressamos gratidão, pedimos orientação, buscamos cura e alinhamos nossos desejos com a vontade maior. A oração nos conecta à fé, à esperança e ao amor, proporcionando um senso de paz e segurança inabaláveis.

Embora as práticas possam diferir em seus aspectos formais, a essência da meditação e da oração converge em um ponto fundamental: a busca pelo silêncio interior e pela conexão com algo maior que nós mesmos. Em ambos os caminhos, cultivamos a paz, a clareza, a gratidão e a abertura para receber as bênçãos que a vida nos oferece.

Além da conexão espiritual com Deus, a oração traz muitos benefícios que também são atribuídos à meditação. A oração pode reduzir o estresse, trazer paz e clareza mental, e fortalecer a fé. Estudos científicos mostram que a prática regular da oração pode melhorar a saúde mental e emocional.

É importante ressaltar que a meditação cristã deve ser guiada por princípios que estejam em consonância com a fé do indivíduo. Isso significa cultivar pensamentos positivos e edificantes, evitar práticas que promovam o misticismo ou a idolatria e manter a meditação como um instrumento para fortalecer a relação com Deus.

Para alguns, a meditação representa uma ameaça à fé tradicional. Argumenta-se que a meditação se concentra no indivíduo e em seu interior, enquanto a oração se volta para Deus e para o relacionamento com ele. Teme-se que a meditação possa levar à perda da crença em Deus, à idolatria do eu ou à busca por soluções meramente humanas para os problemas da vida.

Ao invés de uma batalha, a meditação e a oração podem ser vistas como caminhos convergentes que nos conduzem à mesma direção: a paz interior, a conexão com o divino e a realização do nosso potencial. Ambas as práticas nos convidam a silenciar o barulho externo e mergulhar na quietude da nossa essência, onde podemos encontrar as respostas que buscamos e a força para transformarmos nossas vidas.

Para muitos cristãos, a meditação pode ser um complemento enriquecedor à vida espiritual. Através do silêncio e da contemplação, podemos aprofundar nossa fé, fortalecer nossa conexão com Deus e alcançar um estado de profunda comunhão com o divino.

A chave reside na intenção e na consciência. Ao meditar com um coração aberto e uma mente receptiva, podemos encontrar na meditação uma ferramenta poderosa para fortalecer nossa fé e nossa conexão com Deus.

Ao invés de uma ameaça, a meditação pode ser vista como uma oportunidade para enriquecer e aprofundar nossa fé tradicional. Ambas as práticas nos convidam a silenciar o barulho externo e mergulhar na quietude da nossa essência, onde podemos encontrar as respostas que buscamos e a força para transformarmos nossas vidas.

Portanto, a meditação pode ser integrada à nossa vida de oração, desde que mantenha Cristo no centro. A meditação não deve substituir a oração, mas sim complementá-la. Quando meditamos nas Escrituras, por exemplo, estamos nos aprofundando na Palavra de Deus e permitindo que ela molde nossos pensamentos e ações.

No entanto, devemos estar vigilantes para que a meditação não se torne um fim em si mesma, mas sim um meio para nos aproximar ainda mais do Criador. A meditação deve ser uma ponte que nos leva à presença de Deus, não um substituto para a comunicação direta com Ele através da oração.

A oração, é a nossa comunicação direta com o Criador. É através dela que expressamos nossas necessidades, gratidão, entusiasmo e buscamos direção. A Bíblia nos ensina em 1 Tessalonicenses 5:17 a “orar sem cessar”, mostrando que a oração é um estilo de vida contínua, não apenas um ato isolado. Jesus, nosso Senhor e Salvador, nos deu o exemplo supremo de oração em Seu ministério terreno, muitas vezes se retirando para lugares solitários para orar (Lucas 5:16).

A meditação, como é popularmente praticada hoje, envolve técnicas de silenciamento da mente, foco no momento presente e visualização. Muitos adeptos afirmam que a meditação pode reduzir o estresse, a ansiedade e trazer clareza mental. De fato, algumas práticas meditativas se assemelham ao que experimentamos na oração contemplativa, onde buscamos a presença de Deus em silêncio e tranquilidade.

A meditação e a oração podem compartilhar elementos comuns, como o desejo de paz interior e a busca de um estado mental calmo. No entanto, há uma diferença crucial: a quem nos dirigimos e com que propósito. Na oração, falamos com o Deus vivo, o Criador dos céus e da terra, buscando Sua vontade e Sua intervenção em nossas vidas. A meditação, por outro lado, muitas vezes se concentra na introspecção e no autodesenvolvimento, sem a dimensão relacional com Deus.

Portanto, irmãos e irmãs, que possamos usar a meditação como uma ferramenta para fortalecer nossa fé, não para substituir as verdades fundamentais que nos foram confiadas. Que a meditação seja a oração do futuro que nos leva de volta às raízes da nossa fé tradicional, onde a comunhão com Deus é o nosso maior galardão.

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