A historiografia crítica costuma aplicar alguns testes para saber se um determinado documento é historicamente confiável.

Dentre esses testes, temos o teste bibliográfico que visa determinar quantas cópias manuscritas existem para um determinado documento e qual a distancia de tempo que os separam dos originais.

Várias obras históricas da Antiguidade, possuem apenas um punhado de manuscritos, separados em  média, de mil anos de seus originais, enquanto que o Novo Testamento, possui uma quantidade muito grande de atestados manuscritos.

F.F Bruce, estudioso bíblico, escreve: “ Não há nenhum corpo de literatura antiga do mundo que desfrute de tão rica e boa comprovação textual como o Novo Testamento”.

Existem aproximadamente 5.000 manuscritos gregos que contém o todo ou uma parte do Novo Testamento. Há 8.000 cópias manuscritas da Vulgata (versão latina da Bíblia organizada por Jerônimo no final do século IV e início do século V). São mais de 350 exemplares da versão siríaca do Novo Testamento originadas a partir de 150 -250; Além do mais, quase todo o Novo Testamento poderia ser compilado a partir de trechos contidos nos livros dos primeiros pais da Igreja. Existe em torno de 32 mil citações nas obras patrísticas anteriores ao Concilio de Nicéia (325).

Dentre alguns dos manuscritos mais antigos encontramos: o manuscrito de John Rylands (foi encontrado no Egito por volta do ano 120 contendo alguns versículos do Evangelho de João), o Papiro Chester Beaty (ano 200; contém grandes porções do Novo Testamento), o Codex Sinaiticus ano 350 apresenta quase todo o Novo Testamento e o Codex Vaticanus (325 -50; seu conteúdo contém quase toda a Bíblia.

Todas essas evidências  demonstram que o texto atual da Bíblia é uma representação precisa dos documentos originais do Novo Testamento.

Grande parte dos historiadores aceitam a exatidão textual de outras obras da antiguidade com bases em manuscritos muito menos  suficientes do que os disponíveis para o Novo Testamento.

Vamos à tabela de comparação:

Autor Quando foi escrito Cópia mais antiga Intervalo de Tempo Nº  de cópias
Sófocles 496-406 a.C 1000 d.C 1400 anos 100
Heródoto 480-425 a.C 900 d.C 1300 anos 8
Eurípedes 480 – 406 a.C 1100 d.C 1500 anos 9
Tucides 460 – 400 a.C 900 d.C 1300 anos 8
Platão 427- 347 a.C 900 d.C 1200 anos 7
Aristóteles 384-322 a.C 1100 d.C 1400 anos 49
Demóstenes 383-322 a.C 1100 d.C 1400 anos 200
César 100 – 44 a.C 900 d.C 1000 anos 10
Lucrécio 60 a.C 1000 d.C 1050 anos 2
Tácito 100 d.C 1100 d.C 1000 anos 20

Fonte: McDowell, Josh. Respostas convincentes: O melhor de Josh McDowell. Organizado por  Bill Wilson. Tradução de Sueli Saraiva. São Paulo: Hagnos, 2006, cap. 5

Sobre Joseph Hoffmann

Conforme já exposto, as cópias do Novo Testamento não estão muito distante dos originais, a Afirmação de Joseph Hoffmann de que o que possuímos sobre o Novo Testamento “são cópias de cópias” é muito simplória. Além do mais, Hoffman se utiliza erradamente do termo “original”,  empregado em uma investigação histórica. Como nos informa Louis Gottschalk, “uma fonte primária não precisa, porém, ser original no sentido legal da palavra “original”, ou seja, o documento verdadeiro (em geral, o primeiro esboço escrito) cujo o conteúdo é o objeto de disputa -, muitas vezes uma cópia posterior ou uma edição impressa comporta também esse papel; e no caso dos gregos e romanos clássicos, raramente existem cópias além das tardias”.

Por que ainda persiste a mentira nos círculos acadêmicos que os manuscritos bíblicos não são confiáveis?

Isso demonstra apenas um grande preconceito contra a Bíblia pelo o que ela diz. A Palavra de Deus condena a consciência. É interessante notar que questões sobre a exatidão de manuscritos jamais são levantadas com relação a outros manuscritos antigos – a não ser que apresentem provas para a validade da Bíblia.

Flávio Josefo

O livro de Flávio Josefo “Antiguidades Judaicas”, é um dos livros que recebem mais ataques viloentos dos acadêmicos, justamente porque oferece considerável comprovação do Novo Testamento e da vida e morte de Jesus.

Lucas afirma em seu evangelho que Pôncios Pilatos era governador da Judéia na época de Jesus, os céticos negaram sua existência por muito tempo, pois não era encontrado nenhum vestígio de sua existência.

Josefo mencionou Pilatos no livro “Antiguidades Judaicas”, mas os céticos diziam que isso era uma adição posterior, feita por alguém que adulterou o texto. Mas certo diz, uma pedra de dez centímetros de espessura contendo uma citação sobre Pilatos foi descoberta em uma escavação arqueológica nas ruínas de um anfiteatro romano antigo.

Essa pedra teria sido preservada em virtude de seu tamanho para servir de assento, já que Pilatos havia sido rejeitado por César que mandou apagar toda a evidencia de sua existência, “mas havia uma pedra no meio do caminho”. Essa pedra está hoje Cesaréia (Israel) como mais um testemunho, dentre vários, da confiabilidade das Escritura Bíblica.

Referências 

Em Defesa da Fé cristã. Dave Hunt

Racionalidade da fé cristã. J.P. Moreland


1 comentário

Septuaginta. Aspectos Relevantes! · 16/01/2020 às 15:05

[…] foi muito grande para a igreja cristã primitiva. Essa é a Versão que a maioria dos autores do Novo Testamento cita, e foi primordial para a formação do vocabulário cristão dos primeiros séculos.  Os […]

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