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O Evangelho de Cristo só entraria no coração das pessoas se o mundo estivesse preparado para recebê-lo. Para tanto Deus deixou para enviar Jesus na “Plenitude dos Tempos” o que caracterizou esse período?  – Foi um momento em que o Grego por causa do Helenismo, era uma linguagem quase universal, só assim os escritos dos apóstolos teriam alcance mundial. A Grécia sempre teve uma relação com o evangelho de Jesus, foi quando alguns gregos disseram que queriam ver Jesus que o Mestre disse que era a hora de ser glorificado: 0 Ora, havia alguns gregos, entre os que tinham subido a adorar no dia da festa.

21 Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus.

22 Filipe foi dizê-lo a André, e então André e Filipe o disseram a Jesus.

23 E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado.

Jo 12: 20-23

Paulo esteve no Areopago pregando aos Gregos e a Patrística tentou a síntese entre a Filosofia Grega e a Mensagem Cristã!

[Há uma grande riqueza no pensamento grego. Mas a mensagem cristã vai muito além, ultrapassando-o precisamente nos pontos essenciais. Entretanto, seria grave erro acreditar que essa enorme diferença comporte apenas antíteses insanáveis. De todo modo, ainda que alguns hoje sejam desse parecer, essa não foi a tese dos primeiros cristãos, que, depois de brusco impacto inicial, trabalharam duramente para construir uma síntese.

Um erro de fundo dos gregos, para usar as palavras de C. Moeller, esteve no fato de que “procuraram no homem o que só podiam encontrar em Deus. Foi grande o seu erro, mas trata-se do erro das almas nobres”.

Outro erro de fundo foi o de ter negado com armas dialéticas aquelas realidades que não se enquadravam em seus quadros perfeitos, como o mal, a dor e a morte (o pecado é erro de cálculo, dizia Sócrates; até o cadáver vive, dizia Parmênides; a morte não é nada, dizia Epicuro;

Mas, depois da mensagem cristã, até a medida grega do homem deve ser reavaliada. Como diz R. Grousset, “o coração humano é mais profundo do que a sabedoria antiga”. Com efeito, o homem, que os gregos tanto exaltaram, é para o cristão algo muito maior do que pensavam os gregos, mas numa dimensão diversa e por razões diversas: se Deus considerou que devia confiar aos homens a difusão de sua própria mensagem e se, até mesmo, chegou a fazer-se-homem para salvar o homem, então a “medida grega” do homem, também tendo sido tão elevada, torna-se insuficiente e deve ser repensada a fundo. E, na grandiosa tentativa de construir essa nova “medida” do homem, nasceria o humanismo cristão.]

Referência: Trechos do Livro  – História da filosofia: Antiguidade e Idade Média /Giovanni Reale, Dario Antiseri; – São Paulo: PAULUS, 1990 – (Coleção Filosofia).


1 comentário

Filo de Alexandria - Resumo · 17/01/2020 às 22:43

[…] representa uma das primeiras sínteses entre a cultura judaica e a helênica, na medida em que o helenismo continuava a existir entre os judeus da dispersão, principalmente em […]

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