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Deus para se comunicar com as pessoas  utiliza-se de vários meios e o principal deles é a própria linguagem humana. As palavras apesar de inadequadas para retratar  as maravilhas e majestade divinas, apontam para Deus. Por mais incompletas que sejam as palavras, ainda assim, é por meio delas que Deus se revela ao Cristão.

A palavra de Deus é viva e eficaz e tem a capacidade de comunicar a realidade daquele que a proclama àqueles que a escutam.

Calvino diz que nas Escrituras Deus se revela verbalmente sob forma de palavras. O reformador desenvolve o tema da linguagem no que se designa como “principio da acomodação” que deve ser entendido como um ajuste com o propósito de atender às necessidades de uma situação.

Calvino sustenta que Deus tinha de descer ao nosso nível para que pudesse se revelar a nós. Ele “diminui” sua grandiosidade de modo que possa ir ao encontro de nossas necessidades. Exemplo dessa acomodação aparece no que chamamos “antropomorfismo” que são representações de traços humanos em Deus, como  boca, olhos, mãos e pés.  Calvino diz que Deus se revela dessa maneira por causa de nossa limitação intelectual.

Certamente, existem formas mais adequadas para se falar de Deus, mas talvez não as compreenderíamos.  Por meio das palavras da Escritura, o fiel por mais simples que seja, consegue encontrar Cristo e dele se alimentar. Por toda essa importância que a Escritura apresenta, de levar Cristo às pessoas é que Calvino considera tão fundamental reverenciar e interpretar corretamente as Escrituras.

C.S Lewis também refletiu sobre a questão da linguagem, descobriu que as palavras têm o poder de evocar uma experiência que ainda não tivemos, além de  descrever também uma experiência costumeira.

Falar da Graça de Deus é falar da entrada de Deus em nosso mundo e de sua capacidade de se comunicar por intermédio de nossas palavras. Aquele que é majestoso tornou-se pobre por nossa causa, refletindo a sua bondade que permite que as palavras humanas apontem para Ele.

Por fim, a  Palavra e o Espírito Santo unem-se no convencimento que leva o homem a reconhecer que é pecador e precisa da Salvação de Deus.

“Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.

Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?

E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.”

Romanos 10:8-15

Referência

Apologética Cristã no século XXI. Alister McGrath


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