Jan Huss foi um reformador e filósofo theco que foi queimado na fogueira por heresia em 1415. Huss é considerado um dos reformadores mais importantes da história do cristianismo. Ele também é conhecido por seu trabalho sobre os Concílios principalmente nas defesas Contra os Concílios de Constança e Basileia.
Jan Huss foi padre e se tornou uma das figuras precursoras da Reforma Protestante. Ele nasceu em 1369, e estudou na Universidade de Praga. Em 1402, já padre, começou a pregar contra a corrupção da Igreja Católica. Ele acreditava que a Bíblia deveria estar disponível para todos e que os padres não deveriam ser pagos pelo governo.
Huss também criticou a prática da venda de indulgências, que eram certificados de perdão pelos pecados. Em 1415, ele foi convocado a comparecer perante um concílio da igreja em Constança, mas se recusou a ir. Mais tarde, ele foi preso e queimado na fogueira.
O que Jan Huss defendia?
Huss foi influenciado pelos ensinamentos de Wycliffe, que enfatizavam que a Bíblia deveria ser lida e interpretada por todas as pessoas, não apenas pelos sacerdotes. Huss também acreditava que a igreja deveria ser mais acessível ao povo e que os padres deveriam viver modestamente.
Ele pregou essas ideias em sermões por toda Praga. A morte de Huss ajudou a desencadear anos depois, a Reforma Protestante, um movimento que buscava reformar a Igreja Católica por dentro e que solidificou a divisão das fés católica e protestante. Jan Huss é lembrado por sua coragem e convicção. Ele é considerado por muitos como um mártir da Reforma Protestante.
Quando morreu Jan Huss?
A data da morte de Jan Huss é contestada, com alguns dizendo que ele morreu em 6 de julho de 1415, e outros dizendo que ele foi executado em 6 de julho de 1419. O que se sabe com certeza é que ele foi condenado à morte pelo Concílio de Constança e queimado na fogueira.
Jan Huss e o espiritismo
Jan Huss acreditava que a Bíblia era a única fonte de autoridade religiosa. Ele também rejeitou muitos dos ensinamentos da Igreja, e embora ele acreditasse na transubstanciação (a crença de que o pão e o vinho se tornam o corpo e o sangue de Cristo durante a comunhão), ele dizia que os sacerdotes não tinham esse poder (transubstanciação) por si mesmos.
Huss era um seguidor de John Wycliffe e compartilhava muitas de suas crenças, incluindo a crença de que a Bíblia deveria estar disponível para todas as pessoas em sua própria língua. Fontes espíritas dizem que Huss acreditava no espiritualismo, que é a crença de que os espíritos podem interagir com os vivos. Essas mesmas fontes dizem que Allan Kardec foi a reencarnação de Jan Huss.
“Hoje vocês assarão um ganso [Huss] magro, mas em cem anos ouvirão um cisne cantar. Não serão capazes de assá-lo e nenhuma armadilha ou rede poderá segurá-lo”. Essas são as últimas palavras de Huss antes de ser queimado. Onde historiadores e cristãos enxergam em Lutero o cumprimento dessa “profecia”, os espíritas enxergam em Allan Kardec o desembocar da mesma.
Jan Huss e Lutero
Huss também é conhecido como o pai do nacionalismo tcheco e do movimento hussita. Lutero foi um monge e teólogo alemão que desempenhou um papel importante na Reforma Protestante. Ele é muito conhecido por suas 95 Teses, que criticavam as doutrinas católicas romanas e clamavam por reformas dentro da Igreja.
Jan Huss e John Wycliffe
Jan Huss e John Wycliffe foram dois reformadores religiosos que viveram em 1300. Ambos acreditavam que a Igreja Católica era corrupta e queriam reformá-la. Ambos escreveram livros criticando a Igreja Católica, um foi executado pela Igreja (Huss) e o outro teve seus restos mortais vilipendiado pela mesma (Wycliffe). Embora tenham sido perseguidos, seus escritos ajudaram a pavimentar o caminho para a Reforma Protestante.
Jan Huss se baseou em John Wycliffe, mas também não foi um seguidor ferrenho do mesmo e por isso não pode ser considerado apenas como um discípulo seu, como muitos fazem. Huss já tinha todo um embasamento do reformismo tcheco antes de entrar em contato com os livros de Wycliffe. Uma das divergência do pensamento deles era quanto à transubstanciação, sendo Wycliffe totalmente contra essa doutrina.
Jan Huss Reforma Protestante
Jan Huss acreditava que a Igreja precisava de reforma e que as pessoas precisavam retornar aos ensinamentos de Jesus Cristo. Huss acabou sendo rotulado de herege e queimado na fogueira em 1415. No entanto, seus ensinamentos continuariam a influenciar outros, incluindo Martinho Lutero, que iniciaria a Reforma Protestante.
Referência do Artigo Jan Huss. Biografia e Reforma protestante:
3 comentários
Luiz · 07/06/2022 às 12:30
Transubstanciação é doutrina bíblica pois Jesus quando falou da Santa Ceia colocou muita ênfase nas palavras sobre este assunto.
Luiz · 07/06/2022 às 09:27
Eu não sabia que João Huss acreditva na Transubstanciação eu embora não seja católico romano entendo que a melhor interpretação para a Santa Ceia do Senhor é a Transubstanciação. pois a ênfase que Jesus coloca nesse assunto é muito forte.
exateus · 07/06/2022 às 17:45
Eu também não sabia. Aprendi fazendo as pesquisas para esse post. Mas não é de se admirar, já que os Reformadores (inclusive Lutero) nunca quiseram uma ruptura com a Igreja católica, mas sim apenas reformas internas, mas as circunstâncias sociais, políticas e econômicas levaram onde chegaram.