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Uma constante cósmica é uma constante física básica como por exemplo a taxa de expansão do big bang. Não há nenhuma razão científica para os valores numéricos dessas constantes serem o que são, ou seja, esses valores poderiam ser diferentes.

As constantes  são estabelecidas independentemente uma das outras, na maioria dos casos, o valor de uma não é estabelecida em função do valor de outra.

No entanto, as formas de vida, são tremendamente sensíveis  à qualquer alteração mínima nessas constantes. Uma alteração infinitesimal para menos ou para mais inviabilizaria qualquer forma de vida no Universo. Todas essas condições levaram alguns cientistas a formularem o conceito de princípio antrópico

O principio Antrópico

De forma ampla, significa que o Cosmos parece ter se desenvolvido em função do surgimento da vida, essas condições eram tais que observadores seriam formados.

Amostra de constantes cósmicas:

  • A taxa de expansão do Big Bang – Segundo Hawking, se a taxa da expansão do universo um segundo após o big bang tivesse sido menor em até mesmo uma fração de cem milhões de milhões, o universo teria implodido em uma bola de fogo. Um aumento logo no início, teria impedido o desenvolvimento de galáxias, planetas e estrelas.
  • O material do universo observável é uniformemente distribuído (isotrópico), com uma precisão de 0,1%. Leves alterações nessa precisão inviabilizaria a vida.
  • Constante gravitacional e força eletromagnética – Levemente aumentadas ou diminuídas, nenhuma vida seria viável.
  • Matéria e antimatéria – O equilíbrio entre as duas teve uma precisão de 1 para 106 para que o Universo pudesse ser originado.

Na Terra:

  • Carbono e oxigênio – Caso a relação entre esses elementos fosse ligeiramente diferente, nenhuma vida poderia ter surgido.
  • Hidrogenio – Se a massa de um próton de hidrogênio fosse elevada em 0,2 por cento, a vida se tornaria inviável devido a instabilidade que esse elemento sofreria.
  • Abiogênese – A probabilidade para a formação da vida a partir da não vida foi estimada de um para 10000 , ou seja, a chance de que a vida se forme em qualquer parte do Universo é minúscula. Mais constantes aqui:                 http://exateus.com/2015/06/20/probabilidades-para-a-existencia-da-vida-no-universo/

A inviabilidade da Experiência de Miller

Por algum tempo os evolucionistas ficaram eufóricos com a experiência de Miller. Mas houve um grande problema com a experiência que invalidou os resultados: Miller e Oparim não tinham nenhuma prova concreta de que a antiga atmosfera da Terra era composta de amônia, metano e hidrogênio, que Miller utilizou em sua experiência. Queriam obter uma reação química favorável e assim sugeriram que a atmosfera era rica nesses gases.

A partir de 1980, os cientistas da NASA demonstraram que a Terra primitiva nunca teve metano, amônia ou hidrogênio em grandes quantidades consideráveis. Era composta de água, dióxido de carbono e nitrogênio. E você simplesmente não pode obter os mesmos resultados experimentais com essa mistura. Não vai funcionar.

Quando os livros escolares descrevem o experimento de Miller, deveriam ser suficientemente honestos para dizer que foi algo interessante do ponto de vista histórico, mas não muito relevante para mostrar com a vida surgiu de fato.

No processo de reação em algum caldo químico pré-biótico, os reagentes necessitam ser isolados de seu ambiente no devido tempo e reintroduzidos no momento propicio a fim de que a reação tenha segmento. Todo esse mecanismo é muito difícil de ocorrer na natureza e ainda mais no tempo certo, essas condições só são alcançadas por meio da interferência de um cientista em seu laboratório.

As evidencias apontam que a atmosfera primitiva da Terra continha oxigênio e não era uma atmosfera redutora. As reações orgânicas para a acumulação de moléculas orgânicas complexas não ocorreriam na presença de oxigênio.

A evolução da vida a partir da não vida também se depara com problemas relacionados à Segunda Lei da termodinâmica. O fato da ser um sistema aberto não refuta o argumento da Segunda lei, pois a energia bruta não pode organizar o caos.

Objeções ao ajuste fino

Passando por Hume, até os dias de hoje, adversários do principio do ajuste fino, têm argumentado que não deveríamos nos surpreender com tais dados, pois se o mundo fosse formado de tal maneira que a vida inteligente não pudesse se desenvolver, então nós não estaríamos aqui para discutir o assunto.

Agora vamos entender o que há de errado com o argumento dos céticos, considerando a seguinte seqüência:

J —-L—-M—–N —–O —–P ——Q —–R——S

J = a massa de um próton

L = O equilíbrio entre matéria e antimatéria

M = A taxa de expansão do Bigbang

N = As propriedades do Carbono

O = Fatores necessários para a manutenção de uma adequada variação da temperatura

P = Fatores que promovem reações orgânicas (energia, enzimas)

Q = As propriedades da Água;

R = A existência de Vida Inteligente.

Os teístas não se mostram surpresos que a sequencia de (J – R) tenha acontecido aqui na Terra, ou que os fatores necessários à vida (J-Q) tenha precedido a vida, ao invés de outros fatores(A-I), mas a surpresa dos teístas se encontra que  ocorrência da sequencia inteira (J-R) tenha ocorrido a partir do nada. Pois como já foi falado a maioria dos membros de J a Q, ocorre de forma independente um do outro.

A crítica sobre a probabilidade para a vida na Terra.

Os críticos argumentam que ao se escolher qualquer combinação desejada, sempre haverá bilhões de outras que poderiam ter acontecido. Que uma combinação sempre acontece, apesar das chances contra ela, e quando acontece, seria da mesma maneira tão improvável quanto a da que formou a vida inteligente por exemplo.

Gostam de citar o exemplo da Loteria, para dizer que qualquer resultado é possível, e que alguém ganhará sempre. Para esse argumento, Craig tem a resposta:

“O problema com a analogia da Loteria é que em uma loteria as probabilidades de ganhar são extremamente baixas, porque o jogo é projetado para ser jogado por milhoes de pessoas, mas ganho por um único ou poucos jogadores. Se você jogasse na loteria uma única vez e nessa semana ninguém mais jogasse, você ficaria tremendamente surpreso se ganhasse! Mas no jogo da “Vida do Universo” não há garantia que o universo disporia de um lugar que pudesse sustentar a vida – a menos que alguém projetasse o universo desse modo.

A analogia melhor é a da moeda. Suponha que você tenha uma moeda 10 centavos e fique atirando-a para o ar muitas vezes. Para a sua surpresa, sempre dá cara. Depois da centésima vez, você começa a suspeitar que colocaram um pesinho na moeda ou outro tipo de arranjo que faz com que caia sempre do mesmo jeito. (Exatamente. A probabilidade de dar cara cem vezes seguidas é menos de uma em um quatrilhao de quatrilhoes). Não faria sentido nenhum argumentar que há mais de cem bilhões de centavos em circulação, um deles daria obrigatoriamente cara cem ou mais vezes seguidas. A explicação melhor seria eu alguém forjou um meio de dar cara cem vezes seguidas.”

O biólogo Frances Crick, também nos oferece uma resposta à contestação dos céticos:

“A chance de um jogador receber todas as cartas de copas, de outro, todas de espadas, um terceiro, todas de ouros e o último, todas de paus, na mesma rodada é de uma em 5x 1028. No entanto, cada vê que recebemos uma mão qualquer, ela tem sempre a mesma probabilidade. Porém, isso está errado. Para que o cálculo se aplique, é preciso antes explicitar exatamente que seqüência de cartas estamos considerando. Não é permitido receber as cartas e, então, fingir que o resultado foi o esperado.

Referências 

Deus e a Nova Metafísica. Herb Gruning

Em defesa da Fé. Lee Strobel

Racionalidade da Fé Cristã. J.P.Moreland


0 comentário

Eduardo · 21/03/2016 às 00:10

Sou leigo no assunto e gostei do Post, mas se o Universo é infinito então uma hora ou outra algum planeta poderia ter as condições necessárias para ter a vida, não é? Mesmo que seja algo impossível, alguns acabariam tendo essa sorte.

Desculpe se eu falei alguma besteira…

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