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Gigantes

Às vezes não é preciso muito esforço para entender uma passagem bíblica que a princípio parece nebulosa. No post anterior eu falei de uma que até precisou de complementos do mesmo livro para o melhor entendimento, mas no caso da principal passagem sobre os Gigantes da Bíblia não precisa. Vamos à passagem:

Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

Gênesis 6:4

O tempo que a passagem se refere é o tempo do dilúvio em que havia muitos Gigantes, e também houve Gigantes depois. A confusão começa quando se fala dos “filhos de Deus”, colocaram uma causalidade na interpretação onde há uma temporalidade, ou seja, “naqueles dias” e “quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens” apenas marcam o mesmo período.

O final da passagem diz que os filhos (híbridos) eram os valentes, os homens de fama e não os gigantes. Então quem seriam esses gigantes e quem seriam os homens de fama? Os homens de fama seriam como os “semideuses” da Mitologia Grega e até mesmo da Mitologia Mesopotâmica como Gilgamesh. O correspondente de Gilgamesh na mitologia grega seria Hércules.

Temos tantos outros como Perseu, Teseu e etc. Aqui ocorreu o fenômeno em que uma mitologia surge de reminiscências de um fato verdadeiro. Como no início a população da terra se concentrava basicamente na região da mesopotâmia e todos esses fatos ocorreram lá, à medida que as populações se dispersavam e perdiam o contato com suas origens, restavam apenas lembranças das velhas histórias.

Quando a Torre de Babel aconteceu, já haviam se passado 100 anos do dilúvio, imagina 100 anos depois da Torre de Babel? com populações já distantes da Mesopotâmia e falando outras línguas, imagina como aquelas velhas histórias já haviam se modificado apenas mantendo a sua essência como a do casal primordial e essa mesma dos seres angelicais que um dia tiveram relações com as humanas.

Foi Moisés que escreveu essas histórias no Gênesis, e aprendeu elas nas escolas egípcias, a própria Bíblia diz que Moisés era letrado em toda ciência egípcia. É claro que Moisés as escreveu já com os relatos dos hebreus e também e com a pitada de Inspiração do Espírito Santo. Por isso ateus, e neoateus erram quando dizem que muitas histórias da Bíblia são plágio de histórias mais antigas, mas os perdoemos, eles não sabem o que dizem.

E os gigantes? Os gigantes eram nada mais do que pessoas que tinham o gene do Gigantismo. Como em toda espécie existe o anão e o Gigante. Tanto é que depois do Dilúvio em que os Anjos já tinham sido aprisionados (segundo o livro de Enoque) continuaram a nascer gigantes como o próprio Golias que lutou com Davi.

Por questões climáticas e genéticas que mudaram após o dilúvio, os Gigantes já não nascem com a mesma facilidade e nem chegam à altura que tinham nos primórdios, mas ainda podemos ver alguns nas quadras de basquete por ai.

Nefilim hoje é traduzido como gigante, mas as primeiras versões traduziam esse termo como “Caído”, “da Terra”. Podemos dizer que Nefilim está mais para os anjos caídos do que para seus filhos híbridos ou para os gigantes que como ficou demonstrado, não eram os mesmos.

 


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