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Flávio Josefo e Jesus

Os sinais que precederam a Guerra 

Tomai, pois a obra de Flávio Josefo e lede por vós mesmos o relato dado por ele no sexto livro de sua história. ” o povo perverso” diz ele, ” naquela época era facilmente persuadido a dar crédito aos impostores e mentirosos contra Deus, mas jamais criam nem nos eventos significativos e maravilhosos que prognosticavam a desolação que se aproximava.

Pelo contrário, como que atingidos pela estupidez e como se não possuissem nem olhos nem entendimento, negligenciavam as declarações de Deus. Certa feita uma estrela colocou-se como uma espada sobre a cidade, bem como um cometa que foi visto por todo um ano.

Em outra ocasião, antes da insurreição e do distúrbio que levou à guerra, quando o povo estava reunido horas da noite, uma luz brilhou sobre o altar e sobre o templo com tanta intensidade que parecia pleno dia. E isso durou meia hora.

Para os ignorantes isso parecia bom sinal, mas os escribas loga interpretaram como os eventos que de fato se seguiram. Também na mesma festa, uma vaca, quer fora levada pelo sumo sacerdote para sacrifício, deu à luz a um cordeiro no meio do Templo.

Também a porta oriental do templo interior, que era de bronze e que vinte homens mal a conseguiam fechar todas as noites, e estava trancada com dobradiças, fechaduras de ferro e barras bem fincadas no chão, foi vista abrindo-se por si à sexta hora da noite.

E não muitos dias após a festa, a vinte e um do mês de Artemísio (maio), apareceu um espectro de tamanho inacreditável. E de fato, o que narrei parecia fábula, não tivesse sido contado por aqueles que o viram e não fosse as tragédia subsequentes correspondentes aos sinais.

Pois antes do pôr do sol foram vistas carruagens e exércitos armados no alto, no ar sobre toda a terra carroagens e tropas armadas atravessando as nuvens em toda a região e circundando as cidades. E na festa chamada Pentecostes, os sacerdotes que passavam a noite no templo como era costume, para realizar o serviço, disseram que primeiro perceberam o movimento e o barulho e depois disso um grito repentino: “Saiamos daqui” Mas o que se segue é ainda mais terrível.

Flávio Josefo fala de Jesus filho de Ananias

“Quatro anos antes da guerra, quando a cidade estava em completa paz e prosperidade, um homem do povo chamado Jesus, filho de Ananias, pessoa simples, ignorante e rude, chegou para a festa em que todos tinham o costume de fazer tendas para Deus e começou de repente a clamar contra o templo:

“Uma voz do oriente, uma voz do ocidente, uma voz dos quatro ventos. Uma voz contra Jerusalém e o templo, uma voz contra noivos e noivas, uma voz contra todo o povo”. Esse homem seguiu gritando por todas as ruas, dia e noite.

Mas alguns dos cidadãos mais notáveis ficaram perturbados com aquele clamor ameaçador e enraivecidos com ele, prenderam-no e o açoitaram com muitas chibatadas severas. Mas sem pronunciar nenhuma palavra em defesa própria, nem em particular aos presentes, continuava gritando a mesma coisa de antes.

Então, os magistrados, julgando, como de fato era, mais que um ato comum de advinhação do homem, levaram-no ao governador romano. Ali, ainda que esfolado até os ossos, não fez nenhum rogo nem derramou lágrimas. Antes, levantando a voz num tom mais lamentoso quanto possível, respondia a cada golpe: “Ai, ai de Jerusalém”.

Flávio Josefo registra ainda um relato mais marcante. Ele diz: “Um oraculo foi encontrado nos escritos sagrados, dizendo que naquela época um daquela região ganharia a soberania do mundo”. Essa predição, supunha ele, ter-se-ia cumprindo em Vespasiano.

Mas Vespasiano não reinou sobre todo o mundo, mas apenas sobre os romanos. Sendo mais justo, portanto, que se referisse a Cristo, a quem o Pai disse: “Pede-me, e dar-te-ei o céu por herança e os confins da terra por possessão”. E foi de seus santos apóstolos, bem naquela época, que o som se espalhou por toda a terra e suas palavras para os confins do mundo”.

Referência do Artigo Flávio Josefo falando de Jesus:

História Eclesiástica. Eusébio de Cesareia. CPAD.

 


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