Pascal nos apresenta um argumento psicológico contrário à acusação de fraude sobre os discípulos terem inventado histórias sobre Jesus:
“ Ou os apóstolos foram enganados, ou eram os próprios enganadores. Qualquer suposição é difícil, porque não é possível imaginar que um homem tenha ressuscitado dos mortos.
Enquanto Jesus estava com os discípulos, podia dar-lhes apoio; entretanto, após sua morte, se não apareceu a eles, quem os fez agir daquela maneira?
A hipótese de que os apóstolos eram fraudadores inescrupulosos é totalmente absurda. Levemos esse conceito às últimas conseqüências. Esses doze homens teriam se reunido após a morte de Jesus e conspirado para dizer que Ele havia ressuscitado dos mortos. Agindo, assim, eles entrariam em choque com os poderes instituídos da época. O coração do homem é singurlamente suscetível à volatilidade, à mudança, às promessas e aos subornos. Só precisava que um deles fosse levado a negar suas afirmações, por meio de qualquer desses estímulos ou diante da ameaça de aprisionamento, tortura e morte, e todos os outros estariam perdidos. Pedimos ao leitor que medite detidamente nessas afirmações. (PASCAL, Pensamentos 322, 310).
Outro argumento contrário à fraude é que se os discípulos tivessem criado essa história, eles seriam pessoas mais criativas do que Shakespeare, Dante, ou C.S.Lewis.
Aquino também fala sobre isso:
Em meio à tirania dos perseguidores, uma multidão de pessoas simples e iletradas acolheu a fé cristã. Nessa fé existem verdades proclamadas que superam em muito todo o intelecto humano; os prazeres da carne são mantidos sob controle; ela ensina que as coisas do mundo devem ser rejeitadas. Se a mente humana mortal aceita tal proposta, esse sim é o maior dos milagres … Essa conversão maravilhosa do mundo à fé cristã é o testemunho mais claro … porque teria sido realmente mais maravilhoso do que qualquer sinal se o mundo fosse levado a acreditar em verdades tão elevadas, a realizar atos tão custosos e a ter esperanças tão grandes. (Aquino, Suma contra os Gentios I, 6).
Uma mentira desse porte não traria beneficio algum a seus inventores, os discípulos foram perseguidos, odiados, excomungados, torturados, crucificados e lançados aos leões, não houve vantagem para tal intento, no entanto eles nunca retrocederam: Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. At. 4.20
Referência
Manual de Defesa da Fé: Peter Kreeft & Ronald Tacelli
0 comentário
Ivani Medina · 15/08/2015 às 13:40
Por que essa história continua na penumbra? Não devia ser assim. No entanto, quando fazemos uma aproximação dos fatos com fatos e não com ideias, é possível outra conclusão. http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
JOSÉ DOMINGOS · 15/08/2015 às 14:07
Aqui no próprio blog tem refutações sobre o trabalho de
Ehrman, é só conferiri: http://exateus.com/2015/03/29/craig-x-ehrman-existem-evidencias-historicas-para-a-ressurreicao-de-jesus/
http://exateus.com/2015/04/17/23-motivos-que-levam-os-estudiosos-a-rejeitar-a-nocao-de-que-jesus-e-uma-copia-de-mitos-pagaos/