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Simão o Mago

Quando a fé do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo difundiu-se entre todos os homens, o inimigo da salvação engendrou um estratagema para conquistar para si a cidade imperial e levou até ali Simão o Mago.

Com a ajuda de artifícios insidiosos, ele agregou a si muitos dos habitantes de Roma, no intuito de enganá-los. Isso é atestado por Justino, um de nossos notáveis escritores, não muito depois dos tempos dos apóstolos.

Justino escreve a Antonino:

Após a ascensão de nosso Senhor ao céu, certos homens foram subornados por demônios como seus agentes e diziam serem deuses. Esses foram não somente tolerados, sem perseguição, como até considerados digno de honra entre vós. Um deles foi Simão, certo samaritano da vila chamada Gitão.

Este, no reinado de de Cláudio César, ao realizar vários rituais mágicos pela operação de demônios, foi considerado deus em vossa cidade imperial de Roma e foi por vós honrado como um deus, como uma estátua entre as duas pontes no rio Tibre, tendo a subscrição em latim: Simoni Deo Sancto, ou seja, A Simão, o Santo Deus.

Quase todos os samaritanos, e também uns poucos de outras nações, o cultuam, confessando-o como o Deus Supremo. Certa Helena também é dessa classe. Ela tinha sido prostituta em Tiro da Fenícia e naquela época ligou-se a Simão, sendo chamada “a primeira ideia que dele procedeu”.

Tal é o testemunho de Justino, com quem também coincide Irineu em seu primeiro livro Contra Heresias, onde também anexa um relato sobre a impiedade e a doutrina corrupta do homem, coisa que nos será supérfluo detalhar, uma vez que está no domínio dos que desejam aprender a origem, a vida, as falsas doutrinas de todos os heresiarcas respectivamente.

As heresias de Simão o Mago

Simão, entendemos que teria sido o líder de toda heresia; também dos que, até o presente, seguem sua heresia ainda afetados pela modesta filosofia dos cristãos, tão celebrada pela pureza de vida entre todos.

No entanto, parece que muitos se afastaram, acolhendo novamente as superstições dos ídolos, prostrando-se diante de figuras e estátuas desse mesmo Simão e, juntamente com ele, dá, já citada Helena. Oferecem-lhes culto por meio de incenso, sacrifícios e libações.

Também Ritos secretos e toda corrupção vil que possa ser feita ou tramada é praticada por essa heresia mais abominável de uma seita que enreda mulheres miseráveis que literalmente se sobrecarregam de todo tipo de vício.

Fonte do Artigo Simão o Mago

História Eclesiástica. Eusébio de Cesareia. CPAD


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